Thiago Alves: briga com a balança |
Nada como um nocaute fulminante para mudar o prestígio
de um lutador. O meio médio Thiago “Pitbull” Alves já foi considerado uma das
grandes promessas brasileiras no MMA, tendo obtido vitórias empolgantes contra
nomes como Chris Lytle, Matt Hughes e Josh Koscheck – feitos suficientes para
lhe alçarem à condição de desafiante de Georges Saint-Pierre. No combate entre
eles, realizado no histórico UFC 100, o canadense levou a melhor por pontos e deu
início a uma série de problemas enfrentados pelo brasileiro. Novas derrotas
surgiram, lutas em que não conseguiu bater o peso quase custaram seu emprego,
mas o atropelo aplicado em Papy Abedi no UFC 138, no início do mês, levou
Pitbull de volta a um status de prestígio. E Joe Silva o colocou agora diante
do dinamarquês Martin Kampmann, para se enfrentarem num show a ser realizado no
início de março de 2012.
Enfrentar Martin Kampmann, um dos mais fortes nomes da
categoria, significa, simplesmente, ter a chance de voltar a sonhar com o
cinturão num futuro próximo, em caso de uma vitória. Atualmente, existem dois
nomes que são os candidatos imediatos a enfrentar GSP pelo título dos
meio-médios: o ex-campeão do Strikeforce Nick Diaz – de fato, o próximo
adversário do canadense – e o ex-campeão do WEC Carlos Condit – que lutará
contra Koscheck, e será o próximo contender, caso vença. Em tese, Kampmann é o
terceiro da “linha sucessória”, posição que pode ser cedida ao brasileiro em
caso de sucesso.
É claro que essa nova “chance” dada pelo UFC não
significa que Thiago Alves terá vida fácil. Muito pelo contrário. Antes de
vencer, no último evento, o duríssimo Rick Story – que já derrotou Pitbull –,
Kampmann vinha de duas derrotas. Uma, num daqueles velhos “garfos” de
arbitragem que acontecem em qualquer esporte, contra Jake Shields. E outra numa
luta sensacional, uma verdadeira guerra contra Diego Sanchez. Nada que o
diminua. O combate entre os guerreiros, pelas características de ambos, tem
tudo para ser trocação pura, um deleite para os fãs. E que quem tiver mais
cabeça, provavelmente sai do cage vitorioso.
Quando menos se esperava, Pitbull ganha uma nova chance. Por que não aproveitá-la? Tomara, apenas, que o profissionalismo volte a reinar de verdade e o brasileiro consiga, pelo menos, bater o peso sem maior stress.
Nenhum comentário:
Postar um comentário