Sempre quando se encerra um evento do UFC, cria-se uma
expectativa acerca de qual deve ser o futuro dos lutadores, quem lutará com
quem, enfim, qual o saldo que ficou do evento. Somando um pouco de lógica com
futurologia, dá para prever o que pode acontecer com alguns dos atletas que
estiveram no octagon em San José, no último sábado.
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Hendo: próximo do cinturão |
Dan Henderson – A, para muitos, surpreendente vitória
contra Shogun fez crescer muito o prestígio do americano, que já foi campeão do
Pride, mas que já perdeu duas disputas de cinturão no UFC – contra Anderson
Silva, pelos médios, e contra Quinton Rampage Jackson, pelos meio pesados.
Porém, vinha de três vitórias consecutivas e era campeão do Strikeforce. A
vitória de sábado pode dar a Henderson, novamente, a chance de disputar o
título com o vencedor de Jon Jones e Lyoto Machida, que se enfrentam em
dezembro.
Maurício Shogun – Se tivesse vencido, sem dúvida seria
o próximo desafiante do cinturão dos meio pesados. Com a derrota, mesmo
mantendo seu prestígio em alta com Dana White, precisará de pelo menos mais
duas ou três vitórias para ter chance de ir para a cinta. Para tanto, precisará
melhorar o condicionamento físico – seu grande calo – e as estratégias de luta.
O ex-campeão do Pride possui um cartel muito irregular no UFC: 4 vitórias e 4
derrotas.
Wanderlei Silva – Venceu como nos velhos tempos, mas
ainda não convenceu totalmente Dana White de que tem condições de lutar contra
os tops do UFC. Deve ganhar, num futuro próximo, um novo adversário,
possivelmente mediano. O UFC sabe que lutas de Wandeco é garantia de show e,
enquanto ele continuar lutando, é isso o que a organização quer ver dele.
Aposta: uma revanche contra Michael Bisping ou contra Chris Leben.
Urijah Faber – O Califórnia Kid venceu e convenceu o
ex-campeão do WEC Brian Bowles e, com o resultado,l possivelmente ganhará o
title shot para enfrentar novamente Dominick Cruz, campeão dos galos. Ambos se
enfrentaram este ano e Cruz venceu por pontos, mas Faber não concordou com o
resultado. Terá, possivelmente, sua última chance, num combate que será a “negra”
entre eles – a única derrota de Cruz no MMA foi justamente para Faber.
Martin Kampmann – Numa categoria tão amplamente
dominada por Georges Saint Pierre, esse duríssimo dinamarquês sempre surge como
alguém que pode se tornar, em breve, um novo contender. Se vencer mais duas
lutas, depois de Nick Diaz e Carlos Condit, ele pode, realmente, ser o próximo
da fila.
Stephan Bonnar – Esse eterno mediano, protagonista – ao
lado de Forrest Griffin – da luta que salvou o UFC da falência, finalmente pode
ter a chance de enfrentar um top, caso seja confirmado seu combate contra
Quinton Rampage Jackson para o UFC 144, que acontece no Japão, em fevereiro.
Dono de um estilo mais empolgante do que técnico, terá a chance de sua vida. Dificilmente,
no entanto, conseguirá mais do que isso.
Michael
McDonald – Anotem este nome. Garoto de apenas 20 anos, fez sua terceira luta no
UFC – na categoria dos galos – e venceu por nocaute com menos de um minuto de
luta. Mais duas lutas, caso vença, seu nome começará a ser cogitado para a
disputa do cinturão. E, pelo que já apresentou até agora, pode surpreender.