Jones, o melhor de 2011 Foto: Nick Lahan/Zuffa LLC |
Embora o brasileiro Anderson Silva e o canadense
Georges Saint-Pierre sejam considerados os dois principais lutadores do mundo,
peso-por-peso, pelo segundo ano consecutivo o título de melhor do mundo no MMA
fica com um jovem atleta – que pode ser considerado o futuro do esporte. Em
2010, a honra coube ao brasileiro José Aldo Junior, 24 anos, campeão dos penas
e com apenas uma derrota em 22 lutas disputadas – estando invicto no UFC. Em
2011, não é surpresa para ninguém, o dono do status de melhor do mundo coube ao
incrível Jon “Bones” Jones, também de 24 anos.
De fato, ainda é um mistério para a maioria dos adversários
descobrir como vencer o atual campeão dos meio-pesados do UFC, dono de um
cartel de 15 vitórias e uma derrota. Bem, o responsável por essa derrota de
Jones pode saber qual o segredo – os leigos podem imaginar. Não, nem ele sabe.
A única luta em que não venceu em sua carreira aconteceu contra o compatriota
Matt Hammil. E Jones aplicou uma surra homérica no rival. Com direito,
inclusive, a cotoveladas ilegais – razão pela qual ele foi derrotado. Por
desclassificação.
Em 2011, Jones fez jus ao título de melhor lutador do
ano. Realizou nada menos que quatro lutas. Os adversários: primeiro, o então
invicto Ryan Bader, que foi facilmente finalizado no segundo round; depois o
então campeão Maurício Shogun, que levou uma das maiores surras de sua
carreira, sendo nocauteado no terceiro round; em seguida, já como campeão,
Jones enfrenta a lenda Quinton Rampage Jackson – e também finaliza o adversário
no quarto round, após ter dominado os três anteriores. Por fim, em dezembro,
aquele que seria seu maior desafio: Lyoto Machida. O brasileiro faz um primeiro
round impecável – embora dois juízes tenham dado vitória para Jones – mas sente
a força do rival no segundo round e tem o mesmo destino de Bader e Rampage – e
acaba finalizado.
Lyoto foi quem chegou mais perto de decifrar este incrível norte-americano que jamais foi, sequer, derrubado no octógono. Há quem diga que apenas Anderson Silva teria condições de vencer Jones, caso o Spider suba para os meio-pesados. Algo difícil de ocorrer. Ou Junior Cigano, caso Jones suba para os pesados. Algo possível de acontecer, mas nem tão cedo. Resta, então, tanto seus fãs quanto seus haters, apreciar a “arte” que é Jon Jones em ação – sem dúvida, o grande nome desse esporte em 2011.
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