sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

UFC 141 – Palpites


Enfim chegou o dia do esperado duelo Brock Lesnar vs. Alistair Overeem. Aliás, desse e de outras dez lutas, que terão transmissão ao vivo pelo Combate a partir das 21h15. Abaixo, em negrito, os palpites para os vencedores de cada luta. Ao final, dêem também sua opinião sobre as lutas. Concordam? Discordam? Comentem!

Card Preliminar

Manvel Gamburyan vs. Diego Nunes – Penas
Luta que pode ser difícil, mas que o brasileiro tem tudo para vencer

Matt Riddle vs. Luís “Beição” Ramos – Meio-médios
Quem perder deve ser cortado. Vale apostar no brasileiro

Jacob Volkmann vs. Efrain Escudero – Leves
Luta complicada para ambos. O americano vem em melhor fase

Dong Hyun Kim vs. Sean Pierson – Meio-médios
Hora de Kim se recuperar da derrota para Condit

Anthony Njokuani vs. Danny Castillo – Leves
Castillo impressionou em sua luta passada. Aposto nele

Ross Pearson vs. Junior Assunção – Penas
A torcida é pelo pernambucano. Mas o favorito é o inglês

Card Principal

Nam Phan vs. Jimy Hettes – Penas
Difícil prognóstico. Palpite: Nam Phan

Vladimir Matyushenko vs. Alexander Gustafsson – Meio pesados
Uma prévia do duelo de gigantes e de difícil prognóstico. No chute, Gustafsson

Jon Fitch vs. Johny Hendricks – Meio-médios
Fitch, claro, por UD

Nate Diaz vs. Donald Cerrone – Leves
Vou de Cowboy

Brock Lesnar vs. Alistair Overeem – Pesados
O gigante albino vence o gigante holandês

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Lesnar vs. Overeem – Terra de Gigantes

Lesnar vs. Overeem: gigantes em ação
(Foto: UFC)

Nesta sexta-feira (30), o Ultimate Fight Championship vai assistir a um dos maiores duelos de sua história – literalmente. Os gigantes Brock Lesnar, americano, e Alistair Overeem, holandês, farão o combate principal do UFC 141, que acontece na tradicional MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas. E, não bastasse o atrativo de ver, frente a frente, uma guerra entre o ex-campeão do UFC (Lesnar) e o atual campeão do Strikeforce (Overeem), a luta tem mais um atrativo: quem vencer se credenciará para enfrentar o brasileiro Junior Cigano pelo cinturão dos pesos pesados.

Os dois lutadores possuem históricos bem distintos no MMA – enquanto o americano possui apenas sete lutas no cartel, o holandês já tem mais de 40 –, mas uma característica em comum: muito do sucesso de ambos deve-se mais à força física que possuem do que propriamente às qualidades técnicas que deveriam possuir. Senão, vejamos.

Brock Lesnar é uma estrela do wrestling americano, que já teve passagem pela NFL (a liga profissional de futebol americano), tem 1m88 e pesa naturalmente 129 kg (embora, na pesagem oficial, não possa passar dos 120 kg. Foi contratado por Dana White para ser o astro de uma categoria carente de grandes nomes no UFC. Era necessário dar uma força, literalmente, aos pesados. Nas seis lutas que fez no UFC (tinha estreado no MMA no evento Dynamite!!!), venceu 4 e perdeu 2.

É bem verdade que nunca pegou moleza (Frank Mir duas vezes, Randy Couture, Heath Herring, Shane Carwin e Cain Velasquez). Mas mostrou sérias limitações, inclusive de queixo, especialmente em suas lutas contra Carwin e Velasquez. De todo modo, venceu uma – Carwin, após ser surrado no primeiro round –, e perdeu outra – Velasquez, sendo humilhado no primeiro round. Após mais de um ano afastado devido a um sério problema de saúde, volta ao UFC.

Alistair Overeem, experiente lutador do Pride, dono de um cartel extremamente irregular, sempre flutuou entre os meio-pesados e, acreditem, os médios durante dois terços de sua carreira. Foi entre os médios, por exemplo, que venceu Vitor Belfort com uma guilhotina (em 2005) e perdeu para Maurício Shogun, por nocaute técnico, no mesmo ano, ambos em combates pelo Pride. Entre os meio-pesados, entre 2006 e 2007, sofreu três derrotas consecutivas para brasileiros: foi nocauteado por Rogério Minotouro e Maurício Shogun (na revanche entre eles), e finalizado por Ricardo Arona. Com um recorde de 25-10, moveu-se definitivamente para os pesados e começou a ganhar peso de uma maneira incrível.

Desde que se fixou entre os pesos pesados, Overeem já realizou 13 lutas, com 11 vitórias, 1 empate e uma derrota. Derrotou com propriedade nomes conhecidos como Mark Hunt, Gary Goodridge, Brett Rogers e Todd Duffee. No entanto, não venceu nenhuma grande estrela da categoria até hoje. Contra Sergei Kharitonov, foi nocauteado. Contra Mirko Cro Cop, a luta foi declarada “no contest”. O único nome realmente de maior força que ele venceu – repito, entre os pesados –, foi o brasileiro Fabrício Werdum, por pontos, em seu último combate.


É claro que ver dois gigantes, cujas vitórias, em sua maioria, se dão por conta da força fenomenal de ambos, é um atrativo fenomenal – um presente do UFC para os fãs do esporte, sem dúvidas. E não restam dúvidas de que ambos podem ser campeões do UFC – como Lesnar já provou isto. Mas a verdade é que estamos diante de dois Golias, que têm conseguido fazer frente há alguns Davis apenas esforçados ou que têm medo da força de ambos – e são derrotados por isso. Qualquer um dos dois que vença – e, desde já, faço minha aposta em Brock Lesnar – deve sucumbir à força dos punhos de Junior Cigano.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Brasileiros "ressucitam" no UFC

A intenção do UFC de realizar cada vez mais eventos durante o ano, somado aos eventos programados para acontecer no Brasil trouxe uma boa nova para os lutadores brasileiros: não só estão surgindo mais oportunidades para novatos, como alguns "veteranos" de Ultimate Fight, que foram dispensados por falta de resultados, estão sendo "ressucitados", ganhando novas oportunidades.

Só na próxima edição brasileira do UFC, em janeiro, dois nomes com passagens pelo evento estarão reestreando: o ex-desafiante ao título dos pesados, Gabriel Napão Gonzaga - que lutará com o estreante Edinaldo "Lula Molusco" Oliveira - e o meio-médio Ricardo Funch - que vai encarar o americano Mike Pyle.

Napão já fez nada menos que 12 lutas no Ultimate. De cara, emendou uma sequência de 4 vitórias consecutivas, incluindo o histórico nocaute, com um high kick, sobre Mirko Cro Cop. Tornou-se desafiante ao título, enfrentando a lenda Randy Couture. Foi nocauteado e, a partir de então, teve uma carreira irregular, com altos e baixos. Foi cortado após o UFC 121, ao ser derrotado para Brendan Schaub. Menos "rodado", Funch fez apenas duas lutas pela organização - a última delas no UFC 115. Perdeu as duas e foi para a degola.

A volta de brasileiros ao evento, porém, não se restringe aos dois citados. Nesta terça-feira o UFC anunciou o retorno do leve Fabrício Morango Camões, que enfrentará o sueco Reza Madadi - que lutaria contra o pernambucano Rafaello Trator, que, lesionado, não mais lutará. O retorno do brasileiro, cortado após perder para Kurt Pellegrino, no UFC 111, se dará no dia 20 de janeiro, no UFC on FX.

Já em fevereiro, no UFC 143, será a vez do faixa-preta de jiu jitsu Fabrício "Vai Cavalo" Werdum dar o ar da graça. O gaucho tem uma história interessante no evento. Fez quatro lutas, perdendo na estreia para Andrei Arlowski e vencendo, em seguida, duas lutas consecutivas, contra Gabriel Napão e Brandon Vera - ambos pos nocaute técnico. Foi quando surgiu na sua frente outro brasileiro que estreava na entidade: Junior Cigano dos Santos, responsável pelo primeiro e único nocaute sofrido na carreira de Werdum. Após o combate, estava encerrado o contrato do brasileiro, que não aceitou a redução do valor proposta por Dana White e acabou dispensado.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Pernambuco próximo de ter um UFC

Eduardo (E) e Ferttita (D): UFC à vista
(Foto: Roberto Pereira/SEI)

Este ano, Lorenzo Ferttita, um dos donos do UFC, visitou o governador Eduardo Campos (PSB) para conversar sobre a possibilidade de o Estado abrigar um evento do UFC. Na noite da última segunda-feira (26), o deputado federal e presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, um entusiasta do MMA, confirmou que Pernambuco está próximo de receber um evento da organização.

“Vai ter um UFC em Pernambuco. Não sei precisar quando, mas vai ter em breve”, disse o tucano, que recentemente esteve em Toronto, onde assistiu in loco o UFC 140, que contou com a vitória de Rogério Minotouro sobre Tito Ortiz e as derrotas de Rodrigo Minotauro sobre Frank Mir e Lyoto Machida sobre Jon Jones.

Quando o manda-chuva do UFC se reuniu com o governador de Pernambuco, observou-se a possibilidade de se realizar o evento em alguns locais como o Chevrolet Hall – que já recebe eventos de MMA, mas é pequeno para abrigar um UFC (cabem 4 mil pessoas) –, o estádio dos Aflitos e o Jockey Club. Eduardo Campos sugeriu ainda a realização na Arena da Copa. No entanto, como ela só fica pronta no primeiro semestre de 2013, Ferttita sugeriu que fosse viabilizado um outro local para o caso de a organização resolver realizar o evento ainda em 2012.


Em janeiro, o deputado Sérgio Guerra estará no Rio de Janeiro para assistir ao UFC 142, e deve conversar com Dana White no local e, possivelmente, ter mais novidades a respeito do tema.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Donald “Cowboy” Cerrone – O operário do UFC

Cerrone: O Cowboy em ascensão
(Foto: UFC)

Quando o WEC foi comprado pelo UFC e em seguida extinto, no final de 2010, o Ultimate agregou duas categorias mais leves às cinco já existentes – os penas, de José Aldo, e os galos, de Dominick Cruz. Outro peso que existia no WEC, os leves, já estavam presentes em seu comprador, de forma que se imaginava que poucos lutadores dessa categoria iriam se dar bem no principal evento de MMA do planeta. Passados 12 meses do fim do WEC, o ex-campeão do evento Ben Henderson é o próximo desafiante de Frank Edgar, enquanto o ex-contender Donald Cerrone segue em passos largos rumo ao topo.

Donald “Cowboy” Cerrone fará com Nate Diaz a segunda luta principal do UFC 141, próxima sexta-feira, que terá Brock Lesnar vs. Alistair Overeem como main event. Esta será, nada menos, que a quinta luta do americano no ano – sua quinta participação no UFC em 2011. E, nas quatro lutas anteriores, quatro vitórias incontestáveis – duas por finalização (contra Paul Kelly e Dennis Siver), uma por nocaute técnico (Charles Oliveira) e uma por decisão unânime (Vagner Rocha).

Cerrone é um exemplo de como os críticos estavam enganados ao imaginar que os leves do WEC não iriam se criar no UFC. Com apenas 28 anos de idade e um cartel de 17 vitórias e 3 derrotas, o Cowboy vem em plena ascensão no evento e não será surpresa se, mantendo a mesma desenvoltura nos próximos combates, consiga ainda em 2012 se tornar um potencial desafiante ao título.

Seu adversário na próxima sexta, Nate Diaz, é um veterano do UFC – tem nada menos que 14 lutas no evento, tendo vencido 9 e sofrido 5 derrotas. Irmão do desafiante dos meio-médios Nick Diaz, Nate é conhecido pelo seu jiu-jitsu extremamente afiado – tal qual Cerrone –, mas vem demonstrando uma certa irregularidade nos últimos combates. Também trabalhou bastante em 2011 – realizará sua quarta luta – e tenta mostrar que a excelente vitória contra Takanori Gomi não foi fruto do acaso.


A promessa é de uma luta excelente, onde Donald Cerrone, o Cwoboy operário-padrão do UFC desponta como favorito.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Manvel Gamburyan vs. Diego Nunes – Expectativa


A primeira luta da noite no próximo UFC – sexta-feira, a edição 141 – será justamente uma das de maior expectativa entre os brasileiros. Aliás, é uma pena que tal luta tenha sido relegada ao card preliminar e seja a primeira, quando o público ainda costuma ser pequeno nos eventos. Diego Nunes, a fera da Nova União e uma das principais promessas do MMA brasileiro, sem dúvida, merecia mais. No entanto, após ser derrotado para o americano Kenny Florian, terá agora que provar que merece algo mais contra o armênio Gamburyan.

Gamburyan é um ex-peso leve, duro lutador, que resolveu baixar para os penas com a esperança de conquistar o cinturão. Após algumas vitórias, teve a chance de enfrentar José Aldo, no ano passado. O brasileiro, no entanto, não deu chances e liquidou o rival com um nocaute técnico no segundo round. Pôs Gamburyam para dormir, literalmente. O armênio, em seguida, perdeu para Tyson Griffin e agora luta absolutamente pressionado.


Diego Nunes tem 16 vitórias em 18 lutas na carreira. Foi derrotado apenas duas vezes, ambas por decisão dos juízes, e precisa se recuperar da luta contra Florian – cuja experiência foi determinante no resultado, justo, por sinal. O brasileiro tem jogo não apenas para derrotar o armênio, mas para se tornar definitivamente um grande nome da categoria. Embora treine na mesma academia e seja amigo de José Aldo, Nunes já disse que não vê problemas em lutar com ele pelo cinturão. Diego Nunes vai precisar lutar mais com a cabeça. Algo que, contra o Gamburyan, não é algo impossível. Diego Nunes é favorito. Tomara que vença e recomece a desenhar sua trajetória em direção ao cinturão.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Brasileiros no octógono - Próximas lutas

Diego Nunes, em ação contra Florian
Nos últimos dias, uma série de lutas envolvendo brasileiros foi anunciada pelo UFC e os próximos eventos da organização estarão recheados de lutas interessantes entre os atletas tupiniquins. Confiram o que vem por aí:

UFC 141 - 30 de dezembro

Ross Pearson vs. Junior Assunção
Matt Rindle vs. Luís Beição Ramos
Manvel Gamburyan vs. Diego Nunes

Três lutas complicadas, especialmente as do pernambucano Assunção - que enfrenta o duríssimo inglês Pearson - e a de Beição - que estreou no UFC Rio com derrota para Erick Silva e precisa vencer para continuar no evento. Já o combate entre os ex-contender nº 1 dos penas, o armênio Gambvryan e Diego Nunes tem tudo para ser uma luta difícil, violenta e muito boa de se assistir. Se lutar com inteligência, Nunes - que vem de derrota para Kenny Florian - tem tudo para vencer.

UFC 142 - 14 de janeiro

Esse será o evento a ser realizado no Rio de Janeiro, o que, por si só, faz com que os brasileiros sejam maioria no cage. Posteriormente faremos uma análise mais detalhada das 11 lutas - todas com atletas defendendo as cores verde-e-amarela.

UFC on FX - 20 de janeiro

Mike Brown vs. Vagner Rocha
Rafaello Trator Oliveira vs. Reza Madadi

Estreando entre os penas, Vagner Rocha tentará se recuperar da derrota sofrida diante do "cowboy" Donald Cerrone enfrentando um ex-campeão da categoria. Luta difícil. Já o pernambucano Trator tenta sobreviver na organização: após duas derrotas seguidas, ou vence o estreante sueco, ou é facão novamente.

UFC on Fox: Evans vs. Davis - 28 de janeiro

Michael Bisping vs. Demian Maia
Charles Oliveira vs. Eric Wisely

Grande desafio para Demian Maia, contra um lutador ora subestimado, ora superestimado. Há quase três anos - e sete lutas - sem vencer através de sua especialidade, a finalização, Maia pode voltar à rota do cinturão em caso de vitória. O inglês Bisping, se vencer, também estará muito próximo de uma chance de disputar o título. Já Charles do Bronx, após ter sido "atropelado" por Donald Cerrone, faz sua estreia entre os penas. A observar como o talentoso - mas verde - atleta brasileiro vai se sair na nova categoria.

UFC 143

Rafael Natal vs. Michael Kuiper
Roy Nelson vs. Fabrício Werdum
Scott Jorgensen vs. Renan Barão

Com uma vitória, um empate e uma derrota no UFC, Rafael Sapo Natal tenta se consolidar no evento contra o invicto holandês (11-0), que fará sua estreia na organização. Já Werdum volta para melhorar o nível dos pesos pesados, que talvez seja, ironicamente, a mais "fraca" das categorias. Porém, de cara uma luta muito difícil contra o gordinho Nelson. Por fim, um combate muito especial: Jorgensen e Barão travam uma espécie de semi-finais entre os galos. Quem vencer deve ser o próximo desafiante de Dominick Cruz - caso ele mantenha o cinturão contra Urijah Faber. Há quem diga que só Barão tem jogo para derrotá-lo. A conferir.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Anderson Silva vs. Jon Jones - A luta que pode nunca acontecer

Jones e Silva: luta dos sonhos
Após mais uma incontestável vitória do campeão dos meio-pesados do UFC, o americano Jon Jones, imediatamente surgiram inúmeros palpites a respeito do futuro deste jovem atleta de apenas 24 anos. Para alguns, ele tem tudo para ser o melhor de todos os tempos - opinião corroborada por este que vos escreve. Para outros, ele já é o melhor de todos os tempos - pensamento totalmente refutado também por mim. Por fim, não são poucos os que pedem, desde já, uma luta entre JJ e o campeão dos médios da mesma organização, o brasileiro Anderson Silva - que, aos 36 anos, também é considerado por alguns (inclusive Dana White, o presidente do UFC) o melhor de todos os tempos.

Recentemente, após a luta entre Jones e Lyoto Machida, Dana White falou que o embate entre JJ e o Spider não ocorre porque o brasileiro não quer subir de categoria. Isto é um fato. Anderson Silva se sente muito bem entre os médios e, embora tenha porte físico para lutar até entre os pesados se quisesse, encontrou nesta categoria, ao longo de sua brilhante carreira, sua "zona de conforto", onde segue imbatível há nada menos que cinco anos.

Hoje, acho muito difícil que essa luta venha a acontecer. E eu não vou culpar Anderson Silva por isso. O brasileiro já se aventurou - e sempre com sucesso - entre os meio-pesados do UFC. Humilhou o ex-campeão da categoria Forrest Griffin. Destruiu James Irwin com apenas um minuto de luta. Derrotou a lenda da Dan Henderson, que sempre se dividiu entre os dois pesos. Porém, é muito cômodo para todos esperar que Anderson faça um novo sacrifício, aos 36 anos, para enfrentar Jon Jones entre os pesados e provar que é o melhor. Ora, õ brasileiro não tem que provar nada a ninguém mais no UFC. Ele é o recordista de vitórias consecutivas, de defesas de cinturão, dá espetáculos, é ainda considerado o melhor pound-for-pound do mundo. Então, porque ele tem que subir de peso para a luta acontecer?

Muitos podem falar: "Mas Jon Jones tem porte físico para lutar entre os pesados. Como poderia baixar de categoria?" Como já disse, Anderson Silva também tem porte físico para lutar entre os pesados. Já subiu de categoria e desceu novamente. Jon Jones é um lutador extraordinário, percebi isso desde que o vi lutar pela primeira vez. E acho que será o melhor de todos os tempos se mantiver o foco e sua maneira de lutar. Porém, ele tem 24 anos e ele é quem, por enquanto, ainda tem que continuar provando que é bom. Se quer lutar com Silva e derrotá-lo, ele, que é jovem, deve fazer o sacrifício de baixar de peso e desafiar o campeão. Não o contrário - afinal, não é Anderson quem está pedindo a luta. E se quiser que o combate aconteça, JJ precisará tomar uma decisão o quanto antes. Não se sabe ao certo quantas lutas mais o brasileiro pretende fazer até se aposentar.

Por essas e outras que, lamentavelmente, acho muito difícil que a luta venha a acontecer. Mas torço muito para estar errado e que ambos se enfrentem para um tira-teima. Seja entre os médios, seja entre os meio-pesados, seja numa catchweight. O importante seria ver esse show histórico.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Vítor Belfort vs. Wanderlei Silva: uma revanche histórica

Belfort acerta Wanderlei em 1998
Dana White, presidente do UFC, anunciou na tarde desta quinta-feira a realização de uma das lutas mais aguardadas da história do MMA: a revanche entre os ídolos brasileiros Vítor Belfort e Wanderlei Silva. Os lutadores serão os técnicos da versão brasileira do TUF - The Ultimate Fighter -, reality show da organização, que premia o campeão com um contrato. O programa é um sucesso de audiência nos Estados Unidos e, invariavelmente, proporciona uma grande popularidade aos seus participantes.

O TUF também costuma ser responsável por intensificar eventuais rivalidades existentes entre seus lutadores. Foi assim, por exemplo, com Rashad Evans e Quinton Rampage Jackson, Chuck Liddell e Tito Ortiz, e Rodrigo Minotauro e Frank Mir, só para dar alguns exemplos.

No caso desta edição brasileira, o TUF vai proporcionar uma luta que há anos vem sendo perseguida por Vanderlei, desde que ele foi sumariamente nocauteado no primeiro e único encontro entre os atletas, em 1998, na primeira edição do UFC no Brasil. Na ocasião, Vitor ainda era "The Phenon", um jovem promissor e destruidor, que enlouquecia os fãs do então "vale tudo". Já Wanderlei ainda não era o lutador que assombraria o mundo, alguns anos mais tarde, no Pride.

Ao longo dos anos, a história de ambos deu muitas voltas, com inúmeros altos e baixos de ambos os lados. Mas, Wanderlei sempre esperou a chance de poder reencontrar com o algoz dentro do octógono. Finalmente, em maio ou junho de 2012, terá a oportunidade. Trata-se de uma luta que, independente de valer cinturão - é certo que não valerá -, tem tudo para entrar para a história desse esporte no País.

UFC 141 – Overeem recebe licença para lutar

Duelo de gigantes no UFC 141

Por um instante, os fãs de MMA tomaram um grande susto com a notícia de que o peso pesado holandês Alistair Overeem teria tido problemas com doping antes de seu combate contra o gigante albino Brock Lesnar, que acontece no próximo dia 30, no UFC 141. De fato, o campeão do Strikeforce não enviou para a Comissão Atlética do Estado de Nevada dentro do prazo os testes pré-luta que foram solicitadas. Então, surgiu o rumor de que ele não mais entraria no octógono – Frank Mir, inclusive, já estava escalado para realizar seu terceiro encontro contra Lesnar. Porém, ontem mesmo à noite, após apresentar inúmeras justificativas para o atraso no envio do material, Overeem recebeu a licença para lutar e o UFC 141 não perdeu seu main event.

De todo modo, o problema serve como um alerta para o holandês. Quem o acompanhou desde a época do Pride pode ver claramente a diferença absurda no seu porte físico – a ponto de ele ter ganho o nada gentil apelido de “Overbomba”. Overeem tem 31 anos e um cartel de 47 lutas, com 35 vitórias, 11 derrotas e 1 no contest. Já perdeu para nomes como Chuck Liddell, Sergei Kharitonov, além de ser freguês de brasileiros, incluindo Rogério Minotouro (duas derrotas), Maurício Shogun (duas derrotas), Fabrício Werdum e Ricardo Arona. Desde novembro de 2007, quando estreou no Strikeforce, no entanto, não sabe o que é derrota. Está invicto há 11 lutas.


O duelo entre Alistair Overeem e Brock Lesnar está sendo muito aguardado não apenas por se tratar de um confronto direto entre dois gigantes, mas também porque o vencedor ganha o passaporte para enfrentar o brasileiro Júnior Cigano, na disputa do cinturão da categoria. Ao longo dos próximos dias, mais informações acerca do UFC 141.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Por dentro do octógono – Rápidas


- Vencedor do embate contra Lyoto Machida com uma finalização sensacional, o campeão dos meio-pesados do UFC, Jon Jones, deve defender seu cinturão no segundo trimestre do próximo ano. O provável adversário será o vencedor da luta entre Rashad Evans e Phil Davis, que ocorre em janeiro.

- Após a derrota para Jon Jones, Lyoto deve voltar a ficar com a corda no pescoço. Apesar de ter feito um ótimo primeiro round, o carateca agora tem três derrotas nas últimas quatro lutas – recorde suficiente para Dana White voltar a ameaçá-lo de demissão.

- Apesar do excelente primeiro round de Machida na luta, dois dos três juízes deram vitória para Jon Jones, por 10 a 9. Ou seja: diferente do que muitos pensavam, o brasileiro estava perdendo o combate por pontos.

- Durante o fim de semana do UFC 140, Dana White anunciou a entrada de mais uma categoria ao UFC: os pesos mosca (até 57kg). A novidade será a partir do primeiro evento do UFC em março do próximo ano. Especula-se que será realizado um GP para definir quem será o primeiro campeão da categoria.


- Está a perigo a luta principal do próximo UFC, entre Brock Lesnar e Alistair Overeem. O holandês teria sido pego no doping pré-evento e está com sua participação arriscada. Caso a informação seja confirmada, o evento de 30 de dezembro sofrerá uma perda irreparável e terá o apelo diminuído drasticamente. E Overeem poderá dar adeus ao UFC antes mesmo de estrear.

Brasil verá o UFC também em maio


Durante o fim de semana do UFC 140, no Canadá, o presidente da organização, Dana White, confirmou que, além da edição 143, que vai ocorrer dia 14 de janeiro, no Rio de Janeiro, o Brasil vai assistir a um outro UFC ainda no primeiro semestre de 2012, mais precisamente em maio.

White não confirmou aonde deve ocorrer, nem quem devem ser os lutadores do evento. Mas o certo é a ideia de se fazer o show em um estádio de futebol, o suficiente para se quebrar o recorde de público da organização – de 55 mil, em evento realizado no Canadá. A expectativa é de que essa edição do Ultimate Fight ocorre em São Paulo, possivelmente no estádio do Morumbi.


Ainda que não se tenha nenhum lutador confirmado, pela “agenda” dos atletas é provável que o evento em maio coincida com a volta de Anderson Silva para os octógonos. E, como a ideia é se quebrar o recorde de público, não será de se estranhar se o Spider fizer o main event desse show.

domingo, 11 de dezembro de 2011

UFC 140 – O imbatível, o improvável, o inacreditável

Lyoto: sonho vira pesadelo contra Jon Jones
Foto: Nick Laham/Zuffa LLC

Se formos analisar apenas os resultados, veremos que o UFC 140 não foi nada diferente do que se previa anteriormente, principalmente para os brasileiros: vitória de Minotouro (era possível), derrota de Minotauro (seria frustrante, mas também muito possível) e derrota de Lyoto (absolutamente esperado). Mesmo assim, o que se viu foram três surpresas no octógono.

A primeira surpresa foi a desenvoltura de Rogério Minotouro, o Little Nog para os americanos. Ainda que Tito Ortiz não seja mais o mesmo, o próprio Touro também não é mais o mesmo. E teve uma apresentação impecável, impôs muito bem seu jogo e não apenas garantiu o emprego, como também a certeza de que ainda pode ter alguns desafios para frente – quem sabe uma nova luta com Shogun, repetindo o épico combate que tiveram no Pride, em 2005.

A segunda surpresa veio com Rodrigo Minotauro. Primeiro com sua movimentação e força. O brasileiro castigou Frank Mir, fez ele dobrar o joelho, ficar zonzo, teve tudo para se vingar com a mesma moeda de sua derrota em 2008: nocauteando. Mas Minota quis humilhar. Quis derrotar Mir naquilo que ele é mais forte, no chão. E acabou se dando mal. Mir, que havia sido o primeiro lutador a nocautear o brasileiro, foi também o primeiro a finalizá-lo.

Por fim, Lyoto Machida, a terceira surpresa. O brasileiro fez o que muitos suspeitavam que ele poderia: encarou e ameaçou Jon Jones, no primeiro round, como o americano jamais foi em toda sua carreira. Não dominou a luta – cujos primeiros cinco minutos foram muito equilibrados. Mas mostrou para que veio e deu a sensação de que poderia sim sonhar em destronar o imbatível. Porém, a brecha que JJ teve para aplicar suas mortais cotoveladas foi suficiente para abrir um rombo na testa do carateca. Aí, a luta estava definida.


O UFC 140 foi mais um exemplo de que o Brasil possui inúmeros grandes nomes no MMA. E eles são capazes de proporcionar espetáculos eletrizantes, seja na vitória, seja na derrota. Mas mostrou também que neste esporte não se pode piscar o olho. Uma bobeada leva qualquer um para o hospital. E é capaz de destruir sonhos. Que venha o UFC 141.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Jones vs. Machida – a luta enigmática

Encarada após coletiva, quinta-feira.
Foto: Josh Hedges/Zuffa LCC

2011 foi repleto de várias das lutas “mais esperadas do ano”. Neste sábado, Jon Jones e Lyoto Machida protagonizam a mais nova edição desta série – talvez, uma das mais difíceis de se prever (senão o resultado em si, já que JJ é o favorito absoluto, ao menos a forma como o combate se desenvolverá). A disputa vale nada menos que o cinturão dos meio-pesados, categoria à qual o americano é o atual campeão e que o brasileiro foi o número um até a derrota para Maurício Shogun, no UFC 113.

Em que pese o favoritismo quase total dado por especialistas a Jon Jones, as características dos dois lutadores nos faz imaginar uma luta muito diferente do usual – assim como são os atletas. Aliás, ambos têm um histórico semelhante até o momento em que conquistaram o cinturão.
Desde que estreou no UFC, Jon Jones sempre foi absoluto em todos os seus combates. Até no que perdeu. Em nova lutas, foram oito vitórias e apenas uma derrota. A “derrota”, para Matt Hammill, se deu após um massacre aplicado por JJ no adversário. Porém, parte desse massacre se deu através de cotoveladas ilegais. Acabou sendo desclassificado e manchando seu cartel com sua única derrota na carreira.

Em todas suas demais lutas – e vitórias – Jon Jones foi mostrando uma evolução extraordinária em todos os níveis de seu jogo. Wrestler de altíssimo nível, o campeão jamais foi colocado para baixo e sempre dominou completamente todos os seus oponentes. Jamais passou por apuros em uma luta, jamais teve seu queixo realmente testado – não por falta de oponentes gabaritados, mas graças ao seu extraordinário talento.

Porém, o que faz dessa luta contra Lyoto Machida uma incógnita é justamente o fato de o dono do cinturão enfrentar um lutador que, até se tornar campeão do UFC, também possuía um cartel irrepreensível. Quando conquistou o título da categoria, no UFC 98, nocauteando Rashad Evans, o carateca chegava à marca de sete vitórias consecutivas no evento – e 15 na carreira – sem nunca ter perdido sequer um round em todos os seus combates.

Dono de um estilo pouco ortodoxo, assim como JJ, Lyoto é o típico cara que é difícil de “ser achado” no octógono. Há quem o chame de fujão. O certo é que ele é um excelente estrategista, que viu sua confiança ser abalada após os dois combates contra Shogun, mas que voltou a cair nas graças do UFC após o sensacional nocaute contra Randy Couture.

Sobre a luta em si: Jon Jones é favorito e Lyoto não parece ter um queixo tão resistente caso o campeão acerte em cheio algumas das cotoveladas que lhe são características. No entanto, JJ sabe do poder de Machida nos contra-golpes. Sabe que foi desta forma que o brasileiro abriu caminho para conseguir muitas de suas vitórias. Então, não será de estranhar se o americano for mais contido no combate.


Quando a luta foi anunciada, eu apostava num nocaute rápido de Jon Jones. Agora, um dia antes da luta, acredito que a luta não será rápida. Vejo Jon Jones ainda como favorito, mas Lyoto pode surpreender – especialmente se conseguir levar a luta até o final. Afinal, outra coisa que nunca foi testada em JJ foi seu gás para cinco rounds. Enfim. Acredito que a luta principal do UFC 140 pode ser um grande quebra-cabeças cuja montagem deixará tensa toda a torcida brasileira. E, por que não, americana também.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Mir vs. Minotauro – a revanche

Minotauro vence no Brasil

O UFC 92, realizado em dezembro de 2008, pode ser considerado histórico. Foi neste evento que a lenda brasileira do MMA, Rodrigo Minotauro Nogueira, então campeão interino dos pesados da organização, era nocauteado pela primeira vez na vida – foram apenas dois nocautes sofridos em 40 lutas e mais de 10 anos de carreira. O responsável pela derrota do brasileiro foi o americano Frank Mir, que já tinha sido campeão da categoria anteriormente. Após três anos, o baiano conseguiu a esperada revanche e enfrentará o algoz neste sábado, no co-main event do UFC 140.

A luta é de grande importância para os dois experientes lutadores – e poderá definir o futuro de cada um, especialmente do brasileiro. Até agosto passado, Minotauro vivia um momento difícil na organização. Vinha de um nocaute sofrido um ano e meio antes para o ex-campeão Cain Velasquez e, com uma sequencia de lesões sofridas, sua aposentadoria vinha sendo muito cogitada pelo presidente do UFC, Dana White.

Foi quando o brasileiro foi escalado para enfrentar a estrela ascendente do UFC, o americano Brendan Schaub, no UFC Rio. Considerado zebra no combate, o Minotauro fez o ex-jogador de futebol americano sentir a força de seus punhos e nocauteou o rival no primeiro round. O resultado do combate fez renascer a esperança de que o antigo Minotauro estivesse de volta. A luta contra Mir servirá para comprovar – ou não – esta hipótese.


Frank Mir, por sua vez, alternou bons e maus momentos após a luta com o brasileiro. Primeiro, perdeu a disputa do título para o americano Brock Lesnar, sendo nocauteado no segundo round. Em seguida, venceu Cheick Kongo, mas logo depois perdeu novamente, agora para Shane Carwin. Vem de duas vitórias consecutivas, em lutas contra Mirko Cro Cop e Roy Nelson. Não convenceu, no entanto, em nenhum dos combates. O duelo deste sábado pode mostrar se Mir ainda pode sonhar em tentar, mais uma vez, ganhar o cinturão. Ou se estará definitivamente inserido no rol dos lutadores talentosos, mas que já deram o que tinham que dar.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

GSP fora. Diaz vs. Condit disputam cinturão interino

Pela segunda vez, a disputa do cinturão dos meio-médios do UFC, entre o canadense Georges Saint-Pierre e o americano Nick Diaz, foi adiada. Nesta quarta-feira, o presidente da organização, Dana White, anunciou em seu Twitter que o atual campeão sofreu uma lesão no joelho e deve passar cerca de 10 meses sem lutar. Com isso, o desafiante Diaz vai enfrentar outro canadense, o ex-campeão do WEC Carlos Condit. Quem vencer, ficará com o cinturão interino da categoria até GSP se recuperar e acontecer o duelo pela unificação do título.

A luta entre GSP e Diaz estava previamente marcada para acontecer no UFC 139, no mês passado, mas uma o americano irritou o UFC ao faltar uma série de compromissos públicos e foi cortado do combate. Pouco depois, Saint-Pierre se contundiu e, após Nick Diaz derrotar BJ Penn, a organização resolveu remarcar o combate para a edição 143 do evento, em fevereiro de 2012. Agora, Diaz e Condit se enfrentarão neste evento.

Pelo estilo agressivo de ambos, a expectativa é de uma verdadeira guerra no octógono. Ambos já foram campeões de organizações que foram adquiridas pelo UFC: Diaz do Strikeforce, Condit do WEC. A última vez que o UFC realizou uma disputa de cinturão interino aconteceu em 2010, quando Shane Carwin venceu Frank Mir e ficou com o título dos pesados, enquanto o campeão Brock Lesnar se recuperava de uma diverticulite. Na unificação, Lesnar manteve a cinta.

Demian Maia vs. Michael Bisping

Bisping (E), contra Miller

Menos de uma semana após vencer seu último combate, sábado, no TUF 14 Finale, contra o americano Jason Miller, a estrela do MMA inglês Michael Bisping já tem ideia de qual será seu próximo combate no UFC: ao que tudo indica, o brasileiro Demian Maia será o desafio do peso médio britânico, que sonha em disputar o cinturão contra Anderson Silva.

A luta está sendo trabalhada para acontecer no UFC on Fox 2, previsto para o dia 28 de janeiro, em Chicago – e está se transformando num evento que promete: já figuram no show combates como Rashad Evans vs. Phil Davis (main event, que dará ao vencedor o status de contender nº 1 dos meio-pesados) e Chael Sonnen vs. Mark Muñoz, só para se ter uma ideia.

Demian Maia, que foi derrotado por Anderson Silva em abril de 2010, tenta recuperar o caminho para lutar outra vez pelo cinturão. O faixa-preta de jiu-jitsu tem melhorado muito seu boxe, mas tem deixado a arte suave um pouco de lado nos últimos combates. Em suas duas últimas lutas possui uma derrota (Mark Muñoz, por UD) e uma vitória (Jorge Santiago, também por UD).


Na prática, o combate tem tudo para ser um grande teste para ambos, especialmente para Bisping, que ainda almeja uma chance de disputar o título. Se a luta se mantiver em pé, talvez o inglês leve uma certa vantagem. Se for para o chão, no entanto, talvez Demian leve um braço a mais para casa.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Minotouro vs. Ortiz – Aposentadoria a vista

UFC 140: Minotouro vs. Ortiz

Terceira luta mais importante do UFC 140, no próximo sábado, o duelo entre Antônio Rogério Minotouro Nogueira e Tito Ortiz tem tudo para ser muito especial. Não bastasse o clima de tensão que toma conta dos torcedores brasileiros sempre que um Nogueira entra no octógono, o embate pode ainda significar a despedida de um deles da organização – e, talvez, da própria carreira. Se não chegam a ser duas lendas do MMA, Minotouro e Tito têm muita história para contar e conquistaram ao longo dos anos um respeito que poucos lutadores possuem.

Mesmo sem jamais ter sido campeão, Minotouro foi mais um brasileiro que brilhou no extinto Pride, aonde conquistou vitórias e realizou lutas memoráveis. Venceu nomes como Guy Mezger, Vladimir Matyuschenko, Kazushi Sakuraba e o campeão dos pesados do Strikeforce, Alistair Overeem por nada menos que duas vezes. Sem falar na espetacular luta contra Maurício Shogun onde, em que pese ter perdido por pontos, entrou para a história como um dos maiores duelos de todos os tempos. Chegou ao UFC com moral, na edição 106, com um nocaute contra Luiz Cané. Porém, nas últimas três lutas não conseguiu repetir a atuação, vem de duas derrotas seguidas e deve ser cortado se não derrotar. Tendo em vista já estar com 35 anos e estar numa linha descendente da carreira, não se sabe se o brasileiro terá motivação para prosseguir lutando em caso de sair do UFC.

A história de Tito Ortiz, por sua vez, se confunde com a do próprio UFC. O americano estreou na organização na edição 13, em maio de 2007, muito antes de os irmãos Ferttita e Dana White tomarem conta da organização – o que se deu a partir de edição 30. Ao longo desses 14 anos, sagrou-se campeão dos meio-pesados com uma vitória por pontos sobre Wanderlei Silva no UFC 25 e defendeu com sucesso o cinturão em cinco oportunidade – um recorde até então. Foi quando apareceu Randy Couture à sua frente e o cinturão foi embora. Conseguiu vitórias sensacionais. Fez do ex-campeão Ken Shamrock um freguês de carteirinha – nocauteou o rival em três oportunidades. Venceu ainda Vítor Belfort. Ou seja: tem história – e vitoriosa. No entanto, ao longo dos anos viveu às turras com Dana White. Ambos – como eles próprios dizem – se odeiam. Mas são profissionais. E White sempre teve respeito pela história de Tito na organização – em que pese os problemas pessoais. Com um recorde de 5 derrotas, 1 empate e 1 vitória nas últimas sete lutas, Ortiz está com a faca no pescoço e também já admite aposentadoria.


Por essas razões – além da qualidade que ambos lutadores possuem, apesar da má fase –, o combate entre Ortiz vs. Minotouro é mais um daqueles chamados de imperdíveis e que teremos a oportunidade de acompanhar no próximo sábado.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

UFC 140 - Os preparativos


Após uma semana de recesso por questões particulares, estamos voltando às atualizações nesta semana que promete ser muito especial: próximo sábado acompanharemos a próxima edição do UFC, a 140, um evento que promete ser espetacular e de fortes emoções para os brasileiros – nada menos que três dos mais queridos atletas do País estarão em ação.

Na luta principal, o carateca Lyoto Machida tenta o que, para muitos, é impossível: tomar o cinturão dos meio-pesados de Jon Jones e se tornar, pela segunda vez, campeão da categoria no maior evento de MMA do mundo. Antes, Antônio Rodrigo Minotauro, talvez a maior lenda do vale-tudo brasileiro, duela contra Frank Mir, o responsável pelo primeiro dos dois nocautes sofridos pelo baiano em sua carreira. E, por fim, o irmão gêmeo de Minota, Antônio Rogério Minotouro, faz um duelo contra o ídolo americano Tito Ortiz, num combate que vale a permanência de ambos na organização.

Ao longo da semana, vamos analisar com cuidado esses três combates e também o restante do card, que promete ser um dos melhores do ano. Por enquanto, vocês podem acompanhar a primeira parte da contagem regressiva para o evento, o Countdown UFC 140 (sem legendas).