domingo, 11 de dezembro de 2011

UFC 140 – O imbatível, o improvável, o inacreditável

Lyoto: sonho vira pesadelo contra Jon Jones
Foto: Nick Laham/Zuffa LLC

Se formos analisar apenas os resultados, veremos que o UFC 140 não foi nada diferente do que se previa anteriormente, principalmente para os brasileiros: vitória de Minotouro (era possível), derrota de Minotauro (seria frustrante, mas também muito possível) e derrota de Lyoto (absolutamente esperado). Mesmo assim, o que se viu foram três surpresas no octógono.

A primeira surpresa foi a desenvoltura de Rogério Minotouro, o Little Nog para os americanos. Ainda que Tito Ortiz não seja mais o mesmo, o próprio Touro também não é mais o mesmo. E teve uma apresentação impecável, impôs muito bem seu jogo e não apenas garantiu o emprego, como também a certeza de que ainda pode ter alguns desafios para frente – quem sabe uma nova luta com Shogun, repetindo o épico combate que tiveram no Pride, em 2005.

A segunda surpresa veio com Rodrigo Minotauro. Primeiro com sua movimentação e força. O brasileiro castigou Frank Mir, fez ele dobrar o joelho, ficar zonzo, teve tudo para se vingar com a mesma moeda de sua derrota em 2008: nocauteando. Mas Minota quis humilhar. Quis derrotar Mir naquilo que ele é mais forte, no chão. E acabou se dando mal. Mir, que havia sido o primeiro lutador a nocautear o brasileiro, foi também o primeiro a finalizá-lo.

Por fim, Lyoto Machida, a terceira surpresa. O brasileiro fez o que muitos suspeitavam que ele poderia: encarou e ameaçou Jon Jones, no primeiro round, como o americano jamais foi em toda sua carreira. Não dominou a luta – cujos primeiros cinco minutos foram muito equilibrados. Mas mostrou para que veio e deu a sensação de que poderia sim sonhar em destronar o imbatível. Porém, a brecha que JJ teve para aplicar suas mortais cotoveladas foi suficiente para abrir um rombo na testa do carateca. Aí, a luta estava definida.


O UFC 140 foi mais um exemplo de que o Brasil possui inúmeros grandes nomes no MMA. E eles são capazes de proporcionar espetáculos eletrizantes, seja na vitória, seja na derrota. Mas mostrou também que neste esporte não se pode piscar o olho. Uma bobeada leva qualquer um para o hospital. E é capaz de destruir sonhos. Que venha o UFC 141.

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